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È uma doença humana, transmissível e curável, que ataca os nervos periféricos e a pele. A doença já foi conhecida de forma errada e com trágicas conseqüências pelo nome lepra.

Por que mudou de nome?

A palavra lepra significa escamoso em grego e designava, na antiguidade, doenças que hoje conhecemos por psoriase, eczema e outras dermatoses. À medida que suas causas foram descobertas, essas doenças passaram a ter denominação apropriada.

Como observou o grande escritor inglês Grahan Reene, “lepra é uma palavra, não é uma moléstia. Nunca acreditarão que lepra se cura – Palavra não se cura”. A hanseníase tem este nome em homenagem a Gerhard Amauer Hansen (1841-1912), médico norueguês que descobriu, em 1873, o micróbio causador da infecção. O termo hanseníase está oficialmente adotado no Brasil desde 1976 e tornou-se lei (nº 9010 – DO de 30/3/1995)

 
Qual a causa da hanseníase?

A hanseníase é causada por um micróbio (o bacilo de Hansen), que além de atacar os nervos periféricos, a pele e a mucosa nasal, pode afetar outros órgãos como o fígado, os testículos e olhos. O bacilo de Hansen não atinge a medula espinhal e o cérebro.

 
A hanseníase tem cura?

Sim. Qualquer que seja a forma de hanseníase, a cura acontece utilizando-se medicamentos que provocam a morte dos bacilos. Porém, se o tratamento for tardio ou inadequado, a pessoa pode ficar com seqüelas (deformidades), mesmo já estando curada da infecção. Neste caso, as deformidades não transmitem a infecção. As pessoas curadas, mas com alguma deformidade por menor que seja, precisam apenas aprender a se cuidar para evitar traumatismos e ferimentos que podem originar outros problemas como o mal perfurante plantar.

Como a infecção se manifesta em doença?

Os primeiros sinais da doença são pequenas manchas dormentes de cor esbranquiçada ou avermelhada. Se não for mancha dormente, não é mancha de hanseníase. A dormência significa a perda da sensibilidade ao calor, à dor e ao tato. Isso é facilmente verificado pelo médico ou outro profissional treinado.

Como se pega hanseníase?

A hanseníase se pega somente de uma pessoa infectada apresentando forma contagiante, isto é, que esteja eliminando os bacilos de Hansen pelas vias respiratórias e que não esteja fazendo tratamento (quando inicia o tratamento deixa de transmitir). O contato com o doente deve ser prolongado como acontece com os seus familiares. Existem formas de doença que não são contagiantes. A doença, de qualquer leito, não se pega num aperto de mão, num abraço ou usando diversos utensílios como copos, talheres ou pratos, compartilhados pela família.


Quem pega hanseníase?

O bacilo de Hansen só ataca o ser humano. A maioria das pessoas quando entra em contato com o bacilo não desenvolve a doença. As populações mais pobres estão mais sujeitas não só a contrair hanseníase mas também todos os tipos de doença.

 
Alguém nasce com hanseníase?

Não. Nenhuma pessoa nasce com hanseníase. Se o pai ou a mãe tem hanseníase, seu bebê nasce sem a doença. Se os pais não fizerem tratamento adequado para doença, aí sim a criança poderá apresentar hanseníase alguns anos mais tarde.

 
Quais os danos físicos que a doença pode causar?

Se a doença não for tratada no início, podem aparecer mais manchas ou se tornarem maiores e ficarem mais dormentes. O nariz entope, surgem formigamentos nas mãos e pés, ou inchaços nas mãos, pés, rosto e orelhas. Em alguns casos, os homens podem ficar estéreis.

Devido á dormência, a pessoa pode se ferir nas mãos e nos pés, e por não sentir surgem lesões nas áreas dormentes. Pode ser necessária atenção especial para os problemas nos olhos.
  

 

Os agravos físicos podem ser evitados?

Sim. Com o tratamento precoce e adequado, com orientação ao portador de hanseníase e por meio de técnicas simples de prevenção de incapacidade, os agravos físicos podem ser evitados e até curados. Em todo o tratamento, é necessária a orientação de profissionais competentes.

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ASSOCIAÇÃO DE ASSISTÊNCIA AOS HANSENIANOS DE JUNDIAÍ

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